A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) alertou que os fechos de urgências representam uma enorme “insegurança para as grávidas”.

A necessidade de transportar parturientes por longas distâncias, devido ao encerramento da maternidade mais próxima, aumenta o risco de o parto ocorrer durante o trajeto. Estas situações acontecem frequentemente em ambulâncias de corporações de bombeiros, que, apesar da dedicação dos seus profissionais, não dispõem dos recursos humanos e materiais de uma sala de partos hospitalar ou de uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) ou VMER. A ausência de médicos, enfermeiros especialistas ou equipamento de reanimação neonatal transforma cada um destes 48 nascimentos num evento de alto risco, que poderia ser evitado com uma rede de maternidades funcional e previsível.

A estatística é um indicador direto do impacto humano dos constrangimentos no SNS, mostrando como a falha administrativa e de gestão se traduz em perigo real para os cidadãos.