Esta medida, embora positiva, evidencia a pressão adicional que eventos climáticos extremos colocam sobre um sistema de saúde já fragilizado.

A ULS de Viseu Dão-Lafões, em articulação com os municípios, estendeu o horário de funcionamento dos centros de saúde de Sátão e Aguiar da Beira, garantindo atendimento prioritário para “situações clínicas agudas provocadas pelo fumo e/ou fogo”. De forma excecional, o acesso a estas unidades não exigiu contacto prévio com a linha SNS24, facilitando a assistência à população afetada.

Da mesma forma, a ULS de Coimbra, no âmbito da ativação do Plano Distrital de Emergência, mobilizou “meios adicionais de resposta e proximidade”, abrindo centros de atendimento clínico em Oliveira do Hospital, Miranda do Corvo e Ansião, e reforçando os centros de saúde da Lousã e Góis.

Foram também disponibilizadas equipas de psicologia para prestar apoio emocional nos concelhos mais atingidos.

Estas ações demonstram a capacidade de adaptação e resiliência do SNS em situações de crise. No entanto, a necessidade de mobilizar recursos de forma extraordinária para responder aos incêndios ocorre num contexto de encerramento de urgências e falta de profissionais, o que significa que a resposta a uma emergência pode comprometer a capacidade de resposta noutras áreas, esticando ainda mais os recursos humanos e materiais disponíveis.