As notícias relatam pelo menos dois incidentes graves com consequências fatais.

Em Castelo de Vide, um militar da GNR de 47 anos morreu sem ter recebido assistência da VMER, que se encontrava inoperacional por falta de profissionais. Noutro caso, em Santarém, a morte de uma pessoa em paragem cardiorrespiratória ocorreu num período em que a VMER do hospital local esteve parada durante 24 horas, também por ausência de um médico na escala.

Este último incidente levou a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) a emitir uma advertência à administração da Unidade Local de Saúde da Lezíria, obrigando-a a garantir a operacionalidade da viatura.

Estes casos demonstram que a crise de recursos humanos no SNS não se limita às portas dos hospitais, afetando também a capacidade de resposta do INEM no terreno. A VMER é um recurso crucial para o socorro avançado a vítimas de acidente ou doença súbita, e a sua indisponibilidade pode comprometer de forma decisiva a sobrevivência dos doentes. As falhas reportadas expõem a fragilidade da cadeia de emergência médica, onde a falta de um único profissional pode ter consequências irreversíveis antes mesmo de o doente chegar a uma urgência hospitalar.