Este encerramento de 48 horas numa unidade hospitalar central obrigou as utentes grávidas a serem encaminhadas para outros hospitais, aumentando a pressão sobre as equipas e infraestruturas vizinhas.

O fecho deste serviço em Aveiro foi noticiado como parte de uma série de encerramentos a nível nacional, que no sábado afetou quatro unidades de obstetrícia e no domingo cinco urgências no total, incluindo pediatria. Esta situação evidencia um problema sistémico de falta de médicos especialistas para preencher as escalas de serviço, uma dificuldade que se agrava durante os fins de semana e períodos de férias. A interrupção do serviço em Aveiro é particularmente preocupante por se tratar de um hospital de referência na região, cuja ausência na rede de urgências obriga a deslocações mais longas e potencialmente arriscadas para as parturientes. As autoridades de saúde, conforme reportado em múltiplos artigos, mantiveram o apelo para que os utentes contactem a Linha SNS24 (808 24 24 24) antes de se dirigirem a qualquer urgência, para receberem orientação sobre qual a unidade mais próxima em funcionamento. Embora esta medida vise gerir o fluxo de doentes, não aborda a causa fundamental dos encerramentos: a carência de profissionais no Serviço Nacional de Saúde, um desafio que compromete a previsibilidade e a segurança dos cuidados de saúde.