Durante este período, o serviço apenas aceitou doentes encaminhados pelo INEM, SNS24 ou por outros médicos.

A situação agravou-se com o encerramento da urgência de Ortopedia entre as 08h00 de quinta-feira, 21 de agosto, e as 08h00 de sexta-feira, devido à “indisponibilidade de equipa”.

Esta dupla contingência num hospital central para a região do Alentejo revela uma pressão extrema sobre os recursos humanos e uma fragilidade estrutural na capacidade de resposta. A Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC) apelou à população para contactar a Linha SNS24 e recorrer aos centros de saúde com atendimento 24 horas em Vendas Novas, Montemor-o-Novo e Estremoz. A situação em Évora é distinta dos encerramentos de fim de semana noutros hospitais, pois demonstra uma dificuldade contínua e transversal a várias especialidades, comprometendo a resposta de um hospital fulcral para uma vasta área geográfica. A justificação oficial aponta para a falta de profissionais e a complexidade dos casos, um cenário que reflete o desgaste das equipas e a dificuldade em fixar médicos no interior do país.