O incidente, que deixou utentes e profissionais à porta, expôs uma vulnerabilidade logística e organizacional nos cuidados de saúde primários. Um incidente invulgar no Centro de Saúde da Chamusca evidenciou a fragilidade dos procedimentos operacionais básicos no serviço de saúde. Numa manhã de sábado, a unidade não abriu às 9h00, deixando doentes e profissionais de saúde à espera no exterior.
A causa não foi uma greve ou falta de clínicos, mas sim uma falha logística: o segurança responsável pela abertura do edifício sofreu um acidente e não pôde comparecer, sendo alegadamente a única pessoa com a chave. De acordo com um comunicado da autarquia, este procedimento era uma diretiva da Unidade Local de Saúde da Lezíria (ULS Lezíria), uma alteração ao sistema anterior em que várias pessoas autorizadas tinham acesso.
A situação foi descrita como “insustentável”, afetando utentes, incluindo alguns que se deslocaram de outros concelhos.
A câmara municipal, que não tem responsabilidade na gestão do edifício, contactou a ULS para resolver o problema. Num comunicado posterior, a ULS Lezíria confirmou que só teve conhecimento da situação depois das 11h00 e que atuou de imediato para a resolver. A ULS afirmou não ter registo de incidentes semelhantes no passado e que já solicitou “medidas corretivas para prevenir a repetição de situações desta natureza”. Embora menos grave do que o encerramento de urgências hospitalares, este evento revela uma falta de planeamento de contingência para operações básicas, levantando questões sobre a supervisão administrativa e a gestão de riscos na rede de cuidados de saúde primários.














