Durante uma visita ao Baixo Alentejo, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, usou o caso amplamente divulgado de um bebé nascido na rua para condenar o estado do SNS. Descreveu o episódio como um “cúmulo terceiro-mundista” e uma prova de um “falhanço brutal” das políticas de saúde atuais.
A crítica de Carneiro não se limitou a este evento isolado; salientou também que, pelo segundo ano consecutivo, as grávidas são forçadas a deslocar-se entre várias localidades para conseguirem assistência ao parto. Durante a sua visita ao centro de saúde de Castro Verde, destacou ainda o facto de cerca de mil habitantes desse concelho continuarem sem médico de família, apesar das promessas do Governo para resolver tais questões. Como contraproposta, Carneiro delineou o plano alternativo do PS, que inclui o reforço das unidades de saúde familiar, o ajustamento das listas de utentes com base nas necessidades regionais, um maior investimento nos cuidados domiciliários e a integração de especialidades como oftalmologia e psiquiatria nos cuidados primários. Esta resposta política enquadra os incidentes recentes não como falhas isoladas, mas como consequências sistémicas das políticas da atual administração, transformando a crise da saúde num campo de batalha fundamental entre o Governo e a oposição.














