Este reforço é uma resposta direta à crise que afeta a Península de Setúbal, identificada pela própria Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, como a “área mais crítica” nesta especialidade a nível nacional. O objetivo central desta contratação é garantir o funcionamento permanente da urgência de obstetrícia, 24 horas por dia, solucionando uma das lacunas mais graves no acesso a cuidados de saúde na região. Um dos aspetos mais significativos deste reforço é a proveniência dos médicos: seis dos sete especialistas vêm do setor privado, tendo optado por se desvincular das suas instituições para ingressarem no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta transição é vista como um sinal positivo para a capacidade de atração do SNS, num momento em que a fuga de profissionais para o privado é uma das principais causas da crise. A Ministra da Saúde assegurou que esta nova equipa se juntará aos profissionais que já se encontram no hospital, bem como aos médicos internos em formação.

A Unidade Local de Saúde Almada-Seixal está, de momento, a finalizar a escala de setembro para implementar esta mudança. O Hospital Garcia de Orta serve uma população estimada em 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal, tornando a estabilização deste serviço uma prioridade absoluta para a tutela.