Esta garantia surge como resposta direta aos receios manifestados por autarcas e utentes, especialmente os da área de influência do Hospital de Vila Franca de Xira.

Numa entrevista à SIC Notícias, a ministra reconheceu as dificuldades do sistema, afirmando que a situação nas urgências, embora “melhor do que no ano passado”, ainda “não está bem”.

Atribuiu as melhorias a um “trabalho de coordenação” da Direção Executiva do SNS e ao “trabalho muito árduo e de sacrifício das equipas de profissionais”. Como exemplo, referiu que no fim de semana de 15 de agosto de 2025 encerraram quatro urgências de obstetrícia, em comparação com oito no período homólogo de 2024. Ana Paula Martins admitiu a existência de um “problema muito grave de recursos humanos, de médicos e enfermeiros”, que não será resolvido numa única legislatura. No entanto, rejeitou a ideia de encerramentos definitivos, explicando que as maternidades são “um complexo de serviços com uma tipologia muito variada” que se articulam com os cuidados primários. A sua posição visa tranquilizar a população, prometendo uma reorganização e melhoria da coordenação da rede em vez de um desmantelamento dos serviços existentes, apesar da evidente sobrecarga a que os profissionais estão sujeitos para manter as urgências a funcionar.