A situação no Algarve é igualmente crítica, com o sindicato a estimar uma carência de 1.500 enfermeiros e a lançar a campanha “A nossa vida não tem horas extraordinárias” para denunciar as condições de trabalho.

Os profissionais acumulam milhares de folgas e feriados em dívida. O SEP critica a falta de planeamento do Ministério da Saúde, apontando o atraso na aprovação dos Planos de Desenvolvimento Organizacionais (PDO), que permitiriam a contratação de mais enfermeiros para os quadros. O enfermeiro Nuno Lourinho, do Hospital de Santo António, afirmou que só no seu serviço faltam cerca de 90 enfermeiros, e que as condições precárias oferecidas aos recém-contratados, aliadas ao elevado custo de vida, levam a que muitos abandonem o serviço pouco tempo após serem admitidos.