Segundo o relato da mãe, a criança, que já tinha tido alta do Hospital Amato Lusitano no mesmo dia, apresentou um agravamento do seu estado clínico.
Ao regressar ao centro de saúde, o atendimento terá sido recusado por faltar pouco tempo para o encerramento.
O bebé acabou por sofrer uma paragem cardiorrespiratória e morrer no local.
Esta versão é, no entanto, contrariada pela ULS de Castelo Branco, que assegurou que a criança foi atendida de imediato e que a médica de serviço iniciou manobras de reanimação antes da chegada do INEM. O comandante dos Bombeiros de Idanha-a-Nova confirmou que, à chegada dos meios de socorro, a equipa médica já estava a realizar as manobras.
A disparidade entre os relatos motivou a intervenção das autoridades.
O Ministério Público de Castelo Branco abriu uma investigação para apurar responsabilidades criminais, enquanto a ULS instaurou um inquérito interno.
A Ministra da Saúde lamentou “profundamente” o desfecho, aguardando as conclusões das investigações.
O caso levanta questões críticas sobre o acesso aos cuidados de saúde primários em zonas do interior, a gestão dos horários de funcionamento das urgências e a comunicação entre os serviços de saúde e os utentes em momentos de aflição.














