O incidente, que terminou com o parto a ser realizado por bombeiros, é mais um exemplo das perigosas consequências da falta de médicos especialistas nos hospitais regionais. Durante a madrugada de 1 de setembro, os Bombeiros Voluntários de Ílhavo foram acionados para socorrer uma jovem de 33 anos em trabalho de parto. Uma vez que o serviço de urgência do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, se encontrava encerrado, a grávida teve de ser transportada para uma das maternidades de Coimbra. A distância a percorrer revelou-se demasiado longa, e o parto acabou por acontecer dentro da ambulância, já na cidade de Coimbra, “a cinco minutos do hospital”. O procedimento foi assistido pelos bombeiros, que receberam apoio da viatura médica do hospital de Aveiro.
Tanto a mãe como a bebé ficaram bem de saúde.
Este caso ilustra a dimensão nacional da crise nas maternidades, mostrando que os constrangimentos não se limitam à região de Lisboa.
A necessidade de transferir grávidas entre cidades aumenta a pressão sobre os serviços de emergência e coloca as famílias em situações de grande ansiedade e risco. O diretor-executivo do SNS, Álvaro Almeida, admitiu um “ligeiro aumento” de partos fora de hospitais, mas defendeu que estes casos “não estão diretamente relacionados com o encerramento de urgências”, uma visão que contrasta com a realidade vivida por utentes e equipas de socorro no terreno.














