O incidente, que começou na segunda-feira, obrigou ao adiamento de cirurgias e consultas e ao desvio de doentes urgentes, expondo a vulnerabilidade tecnológica do Serviço Nacional de Saúde. A avaria num equipamento informático, cuja causa foi identificada como a necessidade de substituição de um componente, dificultou o acesso aos processos clínicos dos utentes, levando a Unidade Local de Saúde (ULS) Loures-Odivelas a ativar o plano de contingência.

Como resultado, todas as cirurgias e consultas programadas foram adiadas.

O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) foi solicitado a desviar os doentes não críticos para outras unidades hospitalares da região, como o Hospital de Santa Maria. Apesar do encerramento da urgência geral, a ULS garantiu que "a atividade com doentes críticos e internados e nos serviços de urgência pediátrica e de ginecologia e obstetrícia" se manteve sempre assegurada. A situação gerou críticas por parte da Federação Nacional dos Médicos, com a sua presidente, Joana Bordalo e Sá, a culpar o Governo pela "degradação do SNS" e a acusar o executivo de negligência.

A ULS informou que a reposição dos sistemas seria faseada, prevendo-se o retorno ao normal funcionamento ao longo dos dias seguintes, e assegurou que toda a atividade não realizada seria reagendada em "vagas prioritárias" para minimizar o impacto nos utentes.