Para viabilizar a reabertura contínua do serviço, que nos meses anteriores operou em regime rotativo e esteve encerrado em vários fins de semana, foi crucial a contratação de sete novos médicos especialistas. Segundo a ministra Ana Paula Martins, seis destes profissionais "se desvincularam do hospital privado onde trabalhavam" para integrar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), preenchendo vagas consideradas carenciadas, que oferecem uma melhor remuneração.
O Conselho de Administração da ULS Almada-Seixal confirmou a integração dos novos elementos, que se juntarão à equipa existente e aos médicos internos em formação. A ministra da Saúde reconheceu, no entanto, que a estabilização completa dos serviços na Península de Setúbal "vai levar, porém, algum tempo". Esta solução insere-se numa estratégia mais ampla do Governo, que aposta na criação de Centros de Responsabilidade Integrada, onde os profissionais são remunerados com base nos resultados, e num futuro modelo regional de urgência partilhada entre os hospitais de Almada, Barreiro e Setúbal. Este modelo, contudo, ainda necessita de legislação própria e de negociação com os sindicatos.
A reabertura do HGO é um passo significativo para garantir o atendimento contínuo às grávidas numa das regiões mais populosas e com maiores dificuldades de acesso a esta especialidade.














