Este ano, a administração hospitalar conseguiu assegurar as escalas médicas, recorrendo ao pagamento de horas extraordinárias para garantir a presença contínua de profissionais.

Esta solução, embora eficaz a curto prazo, evidencia a dependência do sistema em trabalho suplementar para colmatar a carência estrutural de médicos.

O sucesso em manter o serviço aberto durante um período tradicionalmente crítico, como o mês de férias de agosto, contrasta com a situação de muitas outras urgências de obstetrícia no país, que continuaram a enfrentar encerramentos e constrangimentos. O caso de Leiria demonstra que, com planeamento e investimento em horas extraordinárias, é possível garantir a resposta, mas levanta questões sobre a sustentabilidade a longo prazo deste modelo de gestão de recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde.