Como consequência, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Loures-Odivelas foi forçada a ativar o plano de contingência. A medida mais imediata foi o adiamento de todas as cirurgias e consultas programadas, com a garantia de que seriam remarcadas em “vagas prioritárias”. O serviço de urgência geral foi um dos mais afetados, com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) a ser instruído para desviar os doentes não críticos para outras unidades hospitalares da região de Lisboa, de modo a “garantir maior segurança e fluidez no atendimento”. Apesar da situação caótica, a ULS assegurou que a atividade com “doentes críticos e internados”, bem como as urgências de Pediatria e de Ginecologia e Obstetrícia, se mantiveram sempre em funcionamento. A situação gerou tal nível de risco que os sindicatos chegaram a aconselhar os profissionais de saúde a pedirem escusa de responsabilidade para se protegerem de eventuais erros decorrentes da ausência de acesso à informação clínica.
A resolução do problema foi faseada, com a ULS a prever a normalização completa dos sistemas durante a madrugada para retomar a atividade normal.
Este incidente sublinha a dependência crítica das infraestruturas tecnológicas no funcionamento hospitalar moderno e levanta questões sobre a robustez e os planos de redundância dos sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde.














