O episódio ilustra a crescente dificuldade em assegurar recursos humanos para os serviços de emergência, um problema que afeta várias regiões do país.
A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) anunciou que, entre as 8h00 de quinta-feira e as 8h00 de sexta-feira, a urgência geral de adultos apenas aceitaria doentes referenciados pelo INEM, pela Linha SNS 24 ou por outros médicos. A justificação apresentada pela ULSBA para estes constrangimentos foi “a incapacidade de completar a escala médica [na urgência] neste período”.
Perante esta limitação, a administração hospitalar apelou aos utentes para não se dirigirem diretamente ao hospital, recomendando o contacto prévio com a linha SNS 24 (808 24 24 24) ou o 112 em casos de emergência, para que fossem “devidamente orientados de acordo com o grau de gravidade da situação”. Como alternativas, a ULSBA lembrou que os Serviços de Urgência Básicos dos centros de saúde de Castro Verde e Moura se mantinham em funcionamento regular. Este evento no Hospital de Beja não é um caso único na região do Alentejo, uma vez que, no mês anterior, o hospital de Évora enfrentou constrangimentos semelhantes na sua urgência polivalente, também devido à elevada afluência de doentes e a uma equipa clínica reduzida. A situação em Beja evidencia a fragilidade das escalas médicas e o impacto direto que a falta de profissionais tem no acesso da população aos cuidados de saúde urgentes.














