A situação motivou uma forte reação da autarquia local, que exige a operacionalidade total do serviço. Dados da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Alentejo revelam que, entre janeiro e julho de 2025, a VMER esteve parada por um total de 480 horas, o que corresponde a cerca de 10% do tempo de serviço. A causa principal é a “escassez de médicos” e as consequentes dificuldades no preenchimento das escalas. A gravidade da situação foi acentuada pela notícia de que duas mortes no distrito ocorreram em momentos em que a VMER não estava disponível, incluindo a de um homem de 56 anos em Marvão, vítima de paragem cardiorrespiratória. Perante este cenário, a presidente da Câmara de Portalegre, Fermelinda Carvalho, reuniu-se com a ULS e reivindicou que “a VMER esteja em funcionamento 100% do tempo”. A autarca lamentou que a situação “não é algo novo” e propôs soluções, como a possibilidade de a viatura sair apenas com enfermeiros em caso de ausência de médico. Em resposta à crise, a ULS do Alto Alentejo e o INEM anunciaram estar a “desenvolver esforços” para garantir a operacionalidade, tendo sido implementada uma medida de contingência com a ativação de uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) para colmatar a ausência da VMER em alguns períodos. O INEM comprometeu-se ainda a disponibilizar mais vagas de formação e a colaborar na “realocação de meios diferenciados de emergência” durante os períodos mais críticos.