Esta situação gerou controvérsia e levantou questões sobre a preparação da cidade para eventos com múltiplas vítimas.
Diversos artigos noticiaram que, na tarde do acidente, a unidade de trauma do Santa Maria estava fechada, o que poderia ter comprometido a resposta inicial a um desastre de grande escala.
A situação foi descrita como uma exposição da “vulnerabilidade estrutural dos dois maiores hospitais de Lisboa na gestão de acidentes com múltiplos traumatizados”. Apesar dos constrangimentos, a resposta dos profissionais de saúde foi exemplar.
Vários médicos, incluindo “cerca de 10 médicos da especialidade [de ortopedia]”, apresentaram-se “prontamente ao serviço” de forma voluntária para socorrer as vítimas, mesmo estando fora do seu horário de trabalho.
Esta mobilização espontânea foi crucial para garantir o atendimento aos feridos que deram entrada no hospital.
Posteriormente, surgiram informações contraditórias.
Um dos artigos refere que os hospitais, incluindo o Santa Maria, “garantem que, ao contrário de notícias avançadas na altura, as equipas estavam prontas e não faltaram nem ortopedistas, nem outros médicos”.
Esta aparente contradição sugere que, embora a urgência pudesse estar oficialmente encerrada a novas admissões, a capacidade de mobilização interna permitiu uma resposta funcional.
O episódio destaca a dedicação dos profissionais, mas também a precariedade da organização dos serviços de urgência, questionando se a resiliência do sistema depende mais do voluntarismo dos seus trabalhadores do que de um planeamento robusto para catástrofes.














