As suas declarações, proferidas numa audição parlamentar requerida pelo Chega, geraram debate sobre a adequação da rede de referenciação hospitalar e a segurança dos utentes.
Questionado pelo deputado Rui Cristina sobre estes “desfechos fatídicos”, Álvaro Almeida afirmou perentoriamente que “não há nenhuma relação entre o encerramento de urgências” e as mortes, embora tenha reconhecido que “todos estes acontecimentos são infelizes e lamentáveis”. No caso de uma grávida de 31 semanas do Barreiro, que perdeu o bebé após ser transportada para o Hospital de Cascais, o diretor explicou que a decisão de não a enviar para Setúbal, que estava aberto, se deveu à necessidade de “apoio perinatal diferenciado”, inexistente nessa unidade. Como o hospital mais próximo com essa valência, o Garcia de Orta, em Almada, estava fechado, a opção foi Cascais. Almeida argumentou que o tempo adicional de transporte, de “cerca de dez ou 15 minutos”, foi realizado com acompanhamento de uma equipa médica do INEM, sendo “altamente improvável” que tenha sido a causa da morte. Relativamente ao segundo caso, de uma mulher que passou por cinco hospitais, o responsável garantiu que foi atendida “em todos os hospitais a que foi, como deveria ser”, reiterando a ausência de ligação com os encerramentos. Refutou ainda as críticas do Chega, que considerou baseadas em “um conjunto de incorreções factuais”.













