Álvaro Almeida refutou as acusações de que as mortes resultaram de falhas na rede, classificando-as como “incorreções factuais”.

No primeiro caso, explicou que a grávida necessitava de “apoio perinatal diferenciado”, indisponível em Setúbal ou no Barreiro. Com a urgência de Almada (o hospital de referência mais próximo) encerrada, a opção foi Cascais, o que representou um acréscimo de apenas “dez ou 15 minutos” no transporte, que foi devidamente acompanhado por uma equipa médica do INEM.

Considerou, por isso, “altamente improvável” que esse tempo adicional tenha sido a causa do desfecho.

Relativamente ao segundo caso, afirmou que a grávida foi atendida “em todos os hospitais a que foi, como deveria ser”, concluindo que também aqui não houve relação com os encerramentos.

Apesar de negar a causalidade, o responsável admitiu que “todos estes acontecimentos são infelizes e lamentáveis”, mas os casos intensificaram o debate público e político sobre a segurança das grávidas e a adequação da rede de urgências do SNS.