A ministra descreveu a situação como “muito preocupante” e reconheceu ter sido penalizador assumir “politicamente uma solução que me foi garantida e vê-la desfeita sem sequer perceber porquê”.
Ana Paula Martins explicou que o plano para o Garcia de Orta previa a abertura de sete vagas carenciadas para uma equipa externa ao SNS, mas que, “por razões diversas”, apenas duas a três foram preenchidas. Confrontada com a crise, a ministra reuniu-se com os conselhos de administração das três Unidades Locais de Saúde (ULS) da Península de Setúbal para encontrar uma solução, cujas decisões seriam anunciadas “brevemente”. A governante prometeu a conclusão, até ao final do ano, de um decreto-lei e uma portaria para “clarificar” as regras da prestação de serviços e, simultaneamente, “valorizar aqueles que estão no Serviço Nacional de Saúde”, diminuindo as desigualdades salariais face aos tarefeiros. Ana Paula Martins admitiu que o SNS viverá “momentos muito difíceis” devido à dependência de prestadores de serviços, mas sublinhou a necessidade de criar “vínculos não precários” e estáveis. A sua atuação foi criticada por comentadores como Miguel Prata Roque, que a acusou de ter uma postura “excessivamente trauliteira” no início do mandato, mas que agora confessa não conseguir resolver os problemas.













