Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra realizaram uma greve com elevada adesão, que impactou significativamente a prestação de cuidados. A paralisação, que se seguiu a uma vigília, teve como principal reivindicação a aplicação de um Acordo Coletivo de Trabalho e a revalorização salarial, gerando constrangimentos em exames, análises e cirurgias. O Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) reportou uma adesão de 100% em serviços como Patologia Clínica, Imagiologia e Farmácia, e superior a 85% nos restantes. A greve teve como objetivo exigir a adesão ao Acordo Coletivo de Trabalho de 2018 e a paridade salarial com colegas de outros hospitais do setor público empresarial (EPE), onde estes direitos já foram implementados. O sindicato acusou o Conselho de Administração e o Governo de ausência de resposta às tentativas de negociação.
Como consequência da paralisação, foram suspensas análises clínicas, ecografias, raios-X e outras atividades terapêuticas, afetando também cirurgias programadas que dependem destes exames.
Apenas os serviços mínimos nas urgências foram assegurados.
A greve abrangeu uma vasta gama de profissionais, incluindo técnicos de análises clínicas, radiologia, fisioterapia e farmácia, demonstrando a união da classe em torno das suas reivindicações. A ação de protesto foi precedida por uma vigília em frente ao Hospital Fernando Fonseca, onde os profissionais manifestaram publicamente a sua indignação.
Em resumoA greve na ULS Amadora/Sintra demonstrou o profundo descontentamento dos TSDT face a uma perceção de tratamento desigual dentro do SNS. A paralisação evidenciou o papel crucial destes profissionais no funcionamento hospitalar, cujo protesto resultou em perturbações significativas nos serviços de diagnóstico e terapêutica, com impacto direto nos utentes.