“O parto em casa nunca é seguro.

É uma opção, (…) mas é preciso dizer que alguns (…), felizmente, não têm tido desfechos fatais porque o INEM chega a tempo”, declarou a ministra.

Segundo os números que apresentou, em 2024 nasceram 144 bebés em casa, e até ao início de setembro de 2025 já se tinham registado 103 nascimentos no domicílio. Estes valores somam-se aos partos ocorridos em ambulâncias e na via pública, totalizando cerca de 150 nascimentos extra-hospitalares só este ano.

A ministra alertou ainda para o aumento de grávidas que chegam ao SNS sem qualquer acompanhamento durante a gestação. A tendência de partos fora do ambiente hospitalar é vista como uma consequência da instabilidade e dos encerramentos recorrentes nas urgências de obstetrícia, que podem levar as grávidas a optar por alternativas por receio de não encontrarem um serviço aberto. A situação levanta sérias questões de saúde pública, uma vez que um parto domiciliário sem assistência médica especializada acarreta riscos significativos para a mãe e para o bebé, que só têm sido mitigados pela resposta rápida dos serviços de emergência.