Contudo, a realidade ficou aquém do anunciado.
Apenas dois dos sete médicos aceitaram as vagas e já se encontram a trabalhar, enquanto três optaram por outras instituições com melhores condições salariais e dois ainda se encontram em período de reflexão.
A própria ministra admitiu o falhanço do plano, afirmando ser “muito penalizador” ter assumido “politicamente uma solução que foi garantida e vê-la desfeita sem sequer compreender porquê”.
Fontes hospitalares e comissões de utentes já tinham manifestado ceticismo, alertando que alguns dos médicos anunciados como “novos” já prestavam serviço no hospital como tarefeiros e que dificilmente profissionais externos aceitariam as condições oferecidas pelo SNS. Esta falha na contratação deixou as escalas de serviço do Garcia de Orta extremamente frágeis e totalmente dependentes dos médicos prestadores de serviços, cuja indisponibilidade no fim de semana levou ao colapso da resposta na região. O episódio evidencia as dificuldades do SNS em competir com o setor privado e em concretizar planos de emergência baseados em promessas de contratação que não se materializam.














