A situação expõe a vulnerabilidade das grávidas e a crescente pressão sobre os serviços de emergência pré-hospitalar.
O fecho da unidade obrigou a que as grávidas fossem encaminhadas para hospitais mais distantes, como o de Abrantes, a cerca de 55 quilómetros. Um caso paradigmático foi o do bebé Matias, que nasceu numa ambulância dos Bombeiros de Alpiarça a caminho de Abrantes, precisamente porque a urgência de Santarém estava inoperacional.
Este foi o quarto parto do género na região apenas nesse mês.
Hélder Silva, responsável pelo Comando Sub-Regional da Lezíria do Tejo, alertou para a situação, afirmando que, embora os bombeiros estejam preparados para realizar partos, uma ambulância “não é um local, por excelência, para ocorrerem nascimentos”. Defendeu ainda que as equipas de emergência deveriam ser autorizadas a parar em qualquer unidade hospitalar, mesmo que esta não tenha a especialidade de obstetrícia, para garantir um mínimo de segurança. A reabertura da urgência de Santarém ficou condicionada a um contacto prévio com a linha SNS 24, no âmbito de um projeto-piloto que visa gerir os fluxos, mas que não resolve o problema de fundo da falta de médicos.














