Até setembro, já tinham nascido 57 bebés em ambulâncias, um número que ultrapassa o total registado em todo o ano anterior.
A maioria destes partos ocorreu na Margem Sul, região particularmente afetada por encerramentos simultâneos de maternidades. No entanto, o fenómeno é nacional, com casos reportados em Vale de Cambra, onde um bebé nasceu a caminho do hospital de Santa Maria da Feira devido ao fecho da urgência de Aveiro, e na região de Santarém, onde o fecho da urgência local obrigou a transportes mais longos. A situação levou mesmo a intervenções invulgares, como o auxílio prestado por militares da GNR a um parto em casa em Salvaterra de Magos.
A Ministra da Saúde revelou que este ano já ocorreram cerca de 150 partos extra-hospitalares, alertando que os partos em casa “nunca são seguros” e que alguns só não tiveram “desfechos fatais porque o INEM chega a tempo”. Este cenário evidencia a pressão sobre os serviços de emergência, que são chamados a intervir em situações para as quais nem sempre dispõem de todos os meios necessários.














