Segundo a governante, esta prática representa um risco significativo para a saúde da mãe e do recém-nascido.

Durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde, a ministra revelou dados que apontam para um crescimento consistente dos partos domiciliários nos últimos anos.

Em 2022, registaram-se 126 partos em casa, número que subiu para 140 em 2023 e para 144 em 2024.

Só no ano corrente, até à data da audição, já tinham ocorrido 103 partos no domicílio.

Ana Paula Martins foi perentória ao afirmar que “o parto em casa nunca é seguro”, sublinhando que, em alguns casos, “felizmente, não têm tido desfechos fatais porque o INEM chega a tempo”. Este alerta surge num contexto em que também se verifica um aumento de grávidas que chegam aos serviços de saúde sem terem tido qualquer acompanhamento durante a gestação. A situação é vista como um retrocesso e um sintoma da perda de confiança no sistema, levando as famílias a optarem por alternativas que, embora possam parecer uma escolha, acarretam perigos que um ambiente hospitalar minimiza.