A situação afeta principalmente os serviços de Obstetrícia e Ginecologia, refletindo uma dificuldade sistémica na composição das escalas médicas. Durante o fim de semana em análise, o serviço de urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, esteve totalmente encerrado. Em Santarém, a urgência de Obstetrícia também encerrou, embora tenha reaberto no dia seguinte com funcionamento limitado, operando no âmbito de um projeto-piloto que exige contacto prévio com a linha SNS 24.

Para além destes encerramentos, vários outros hospitais funcionaram com restrições, aceitando apenas doentes encaminhados pelo INEM ou pelo SNS 24.

Esta modalidade de acesso condicionado afetou, em diversos horários, as unidades de Braga, Beja, Leiria (Hospital de Santo André), Amadora-Sintra (Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca), Vila Franca de Xira e Abrantes. A urgência de Pediatria de Vila Franca de Xira e a do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, também operaram sob o mesmo regime. Esta dispersão geográfica dos constrangimentos demonstra que a falta de médicos especialistas para assegurar as escalas de urgência é um problema nacional, que obriga as autoridades de saúde a gerir os fluxos de doentes através do encaminhamento centralizado, apelando à população para que contacte sempre a linha SNS 24 antes de se dirigir a um hospital.