O chefe de governo sublinhou que a prioridade é encontrar respostas eficazes, independentemente da sua popularidade. Questionado sobre a possibilidade de a mobilização forçada de médicos provocar mais saídas do SNS, Luís Montenegro declarou: “Nós não estamos preocupados com a popularidade das decisões, mas com o efeito e as consequências que elas têm”. O Primeiro-Ministro insistiu que o objetivo é “encontrar uma resposta para as urgências de ginecologia e obstetrícia para todo o território e para a Península de Setúbal”. Reconhecendo que a “larguíssima maioria do país não tem tido problemas nesse domínio”, Montenegro admitiu que são necessárias “medidas muito específicas para dar uma resposta e para tranquilizar as famílias daquela região [Setúbal]”. Sem detalhar o processo em curso, afirmou que o Governo tem de “cumprir a sua responsabilidade” e “esgotar todas as possibilidades para encontrar uma solução”. A sua intervenção reforça a posição do Ministério da Saúde de avançar com uma reorganização na Península de Setúbal, mesmo perante a forte oposição dos profissionais de saúde, enquadrando a decisão como uma necessidade para garantir a igualdade de acesso aos cuidados em todo o território nacional.