No entanto, a implementação de tal modelo enfrenta a resistência dos sindicatos, que exigem negociação e condições adequadas para a mobilidade dos médicos. Paralelamente, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes, solicitou aos colégios de especialidade que apresentem propostas para rever o regulamento que define a constituição das equipas médicas nas urgências. O bastonário explicou que se trata de uma atualização técnica necessária, dado que o último regulamento é de 2022 e a estrutura do SNS mudou com a criação das ULS. Embora tenha negado pressões políticas, a revisão coincide com a crise nas urgências e a dificuldade em cumprir os rácios atuais, que a ministra Ana Paula Martins afirmou exigirem “mais de um milhão de horas anuais de trabalho médico” para manter todas as 39 urgências do país abertas.