Segundo a imprensa, que cita fontes do gabinete da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, o despacho já estaria a ser preparado por juristas e não necessitaria de negociação sindical, invocando a proteção superior da saúde pública.
Esta abordagem coerciva visa concentrar os recursos existentes no Hospital Garcia de Orta, designado como o polo central de uma nova urgência regional. A situação evoca um precedente de 2023 no Hospital de Santa Maria, onde uma medida semelhante de mobilidade forçada, então justificada por obras, resultou na demissão de sete obstetras do SNS, um desfecho que sindicatos e a Ordem dos Médicos temem que se repita. A decisão de avançar com um despacho administrativo, contornando a negociação, expõe a gravidade da situação e a dificuldade do Governo em encontrar soluções consensuais e sustentáveis para a fixação de médicos, optando por uma via que arrisca agravar o descontentamento e o abandono da profissão no setor público.














