A governante assegurou no Parlamento que qualquer diploma será negociado com os sindicatos e preverá compensações pelas deslocações.
Numa audição parlamentar, Ana Paula Martins procurou acalmar a controvérsia, afirmando perentoriamente: "Não há nenhum despacho para fazer mobilidade à força".
A ministra classificou as notícias como falsas e sublinhou que a negociação com as estruturas sindicais é um passo obrigatório antes da promulgação de qualquer diploma sobre a matéria.
Esta declaração representa uma mudança de tom significativa face às informações iniciais, que apontavam para uma decisão unilateral do Governo.
A governante reconheceu que os profissionais nunca foram devidamente compensados por estas deslocações no passado e adiantou que o novo enquadramento legal em preparação visa não só "minimizar o impacto que as deslocações possam ter", mas também "estimular um pouco este trabalho de equipa".
A proposta de compensação abrangerá médicos, enfermeiros e técnicos de saúde, sugerindo uma transição de uma abordagem coerciva para um modelo baseado em incentivos. Este recuo estratégico parece ser uma resposta direta à pressão exercida pelas ordens profissionais e sindicatos, que ameaçavam com a saída de mais médicos do SNS.














