O caso, que mereceu a intervenção da Entidade Reguladora da Saúde, expõe as consequências fatais da sobrelotação e da desorganização dos serviços.
O episódio revela uma falha sistémica grave no atendimento de urgência.
Um utente foi deixado numa maca e, após sete horas, foi encontrado pela sua nora.
Durante esse período, um médico, não o tendo localizado após o chamar três vezes, acabou por lhe dar "alta por abandono" sem o observar.
O homem viria a falecer 48 horas depois.
Este caso extremo ilustra o colapso dos protocolos básicos de segurança e acompanhamento do doente num serviço sobrelotado e com equipas em esforço.
A situação transforma o debate sobre a falta de recursos e a sobrecarga dos profissionais numa questão de vida ou de morte, demonstrando o custo humano direto da crise que afeta o SNS. A intervenção da Entidade Reguladora da Saúde sublinha a gravidade da ocorrência, que vai para além de um simples erro e aponta para uma falha organizacional profunda.














