Estes dados indicam que as urgências não são apenas locais para tratamento de situações agudas, mas também o local onde muitos doentes, frequentemente com necessidades paliativas, passam as suas últimas horas.

O estudo destaca a vulnerabilidade particular das pessoas com demência, das quais 15,7% faleceram em urgências, um valor superior ao dos doentes oncológicos.

Os investigadores defendem que esta realidade exige uma dupla abordagem: por um lado, capacitar as equipas de urgência para identificar e prestar cuidados de fim de vida adequados; por outro, fortalecer as respostas de cuidados paliativos na comunidade e no domicílio, para evitar que doentes em fase terminal recorram desnecessariamente a um serviço de urgência, um ambiente muitas vezes inadequado para um final de vida digno.