As conclusões foram enviadas ao INEM, ao Ministério Público e à Ordem dos Médicos.

A decisão da IGAS gerou reação por parte do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), cujo presidente, Rui Lázaro, considerou a conclusão sobre a falha do médico "desajustada", argumentando que o fator determinante foi o tempo em que a vítima esteve sem oxigénio devido ao atraso na assistência primária. Outro caso com nexo de causalidade estabelecido foi o de um homem de 53 anos no Pombal, que poderia ter sido salvo com um socorro atempado que permitisse o seu transporte para uma unidade de hemodinâmica. O terceiro caso foi o de um homem de 86 anos em Bragança, que morreu de enfarte após uma espera de 1 hora e 20 minutos. Nos restantes nove casos, a IGAS não estabeleceu uma relação de causalidade, citando patologias graves e prognósticos muito desfavoráveis.

A investigação revelou também que, durante a greve, mais de metade das chamadas para o INEM foram abandonadas, evidenciando o grave impacto da paralisação na capacidade de resposta do sistema de emergência médica.