O bebé, nascido com sintomas de uma doença digestiva grave, provavelmente uma obstrução intestinal, necessitava de uma cirurgia de emergência.

A pediatra do hospital de Loures contactou os hospitais Dona Estefânia, Santa Maria e Amadora-Sintra, mas nenhum conseguiu receber a criança. Os hospitais de Santa Maria e Dona Estefânia alegaram falta de vagas nos Cuidados Intensivos neonatais, enquanto o Amadora-Sintra admitiu não ter conseguido mobilizar a tempo uma anestesista para completar a equipa cirúrgica. A única resposta positiva veio de Coimbra, para onde o bebé foi transportado de ambulância durante a madrugada, acompanhado apenas por uma enfermeira.

Após dois dias de exames, a criança foi operada com sucesso, tendo sido detetados três nós no intestino, e permanece em recuperação.

A família anunciou que irá apresentar queixa pela falha na resposta atempada na região de Lisboa, um incidente que evidencia a fragilidade da rede de urgências pediátricas especializadas e os riscos decorrentes da falta de recursos humanos e de vagas.