A federação sindical responsabiliza diretamente a ministra Ana Paula Martins e o primeiro-ministro pela “degradação” contínua do SNS.

Segundo a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, foi enviado um ofício à Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para forçar a negociação, depois de as Unidades Locais de Saúde (ULS) e os Institutos de Oncologia (IPO) terem recuado num compromisso para um acordo parcial, “provavelmente por ordens ministeriais”. A proposta de ACT da FNAM inclui a reposição do horário semanal de 35 horas, a recuperação do poder de compra e a integração do internato na carreira. A FNAM critica a deterioração dos serviços, apontando o exemplo da saúde materno-infantil, e associa-a ao florescimento do setor privado.

“Não é à toa que o setor privado tem vindo a anunciar investimentos na ordem dos 1.000 milhões de euros”, lamentou Joana Bordalo e Sá, para quem esta situação demonstra uma privatização que “já nem é encapotada”.

A federação sindical acusa a ministra de não ter competências para o cargo e responsabiliza o primeiro-ministro por mantê-la em funções, enquanto o SNS se degrada, especialmente em zonas carentes como a margem sul do Tejo.