O conflito tornou-se público quando o Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, declarou que o serviço de ginecologia e obstetrícia se tinha degradado ao ponto de contar com “apenas um especialista do quadro”, uma situação “muito preocupante” que levaria à perda da idoneidade formativa.

Sem capacidade para formar novos médicos, o futuro assistencial do hospital estaria comprometido, podendo a urgência fechar “dentro de apenas dois meses”.

A Ordem dos Médicos iniciou diligências para realocar os internos noutras instituições.

Em resposta, a administração do hospital e a Unidade Local de Saúde (ULS) Estuário do Tejo refutaram categoricamente estas declarações, afirmando possuir três especialistas no quadro e estar em processo de contratação de mais quatro, além de reforçar a equipa com médicos tarefeiros.

A própria Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, interveio para garantir a continuidade do serviço, declarando: “Não vamos fechar a maternidade”.

No entanto, o plano de reorganização nacional das urgências já prevê que a solução para hospitais como o de Vila Franca de Xira possa passar pela mobilidade de equipas ou pela concentração de serviços com o Hospital de Loures, o que mantém a incerteza sobre o modelo de funcionamento futuro.