A denúncia, feita pela nora do utente à Entidade Reguladora da Saúde (ERS), relata que, ao tentar visitar o sogro, foi informada por duas vezes que este já tinha tido alta.

Insatisfeita, entrou no serviço de urgência e encontrou-o “deitado numa maca, num estado verdadeiramente deplorável”. Ao confrontar o médico de serviço, este terá explicado que chamou o utente três vezes no corredor e, como não obteve resposta, assumiu que tinha abandonado o serviço.

O hospital, na sua resposta à ERS, admitiu que a situação foi “inadequada” e “inadmissível”, reconhecendo uma “falha na comunicação entre os vários profissionais de saúde”, embora defendendo que a “abordagem médica foi a correta” após o erro ter sido detetado e o registo clínico reaberto.

O doente acabou por ser internado, mas faleceu dois dias depois.

A ERS concluiu que a conduta da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR) “não se revelou garantística da proteção dos direitos e interesses legítimos do utente”, sublinhando a necessidade de salvaguardar o acesso a cuidados contínuos e tempestivos.