A causa do encerramento temporário é a licença de paternidade simultânea dos seus únicos dois médicos, que são casados e foram pais recentemente. Este caso expõe a extrema vulnerabilidade dos serviços de saúde em zonas com carência de profissionais, onde a ausência de um ou dois clínicos pode levar ao colapso da resposta local. A situação levanta questões sobre o planeamento de recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), especialmente em áreas rurais ou do interior, onde a fixação de médicos é um desafio crónico.

A ausência dos profissionais, embora justificada por um direito legal e fundamental, deixa a população local sem acesso ao seu médico de família durante um mês, obrigando-os a procurar alternativas que podem ser mais distantes ou sobrecarregadas. A notícia gerou protestos por parte dos utentes, que se sentem desprotegidos e questionam a falta de um plano de contingência por parte das autoridades de saúde para cobrir ausências previsíveis como uma licença de parentalidade. Este episódio em Tondela serve como um caso de estudo sobre as consequências da falta de redundância e de planeamento estratégico nos cuidados de saúde primários, evidenciando como a vida pessoal dos poucos profissionais disponíveis pode ter um impacto desproporcional no acesso à saúde de toda uma comunidade.