No secretariado, foi informado, por indicação da sua médica, de que não seria atendido e que deveria deslocar-se pelos seus próprios meios ao hospital. O utente conduziu 17 quilómetros até ao Hospital de Santa Maria da Feira, onde foi diagnosticado com Paralisia de Bell. Na sequência da queixa apresentada à ERS, a Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Aveiro, então responsável pela USF, admitiu "integralmente que a equipa (...) falhou e não respeitou as melhores práticas". O coordenador do centro de saúde, Rafael Gonçalves, afirmou que não houve uma recusa, mas sim uma "orientação que podia [ter sido] melhor", e que "deveríamos ter contactado o 112". A ERS concluiu que a unidade de saúde incumpriu a sua obrigação de acionar os meios de socorro do INEM perante um quadro clínico potencialmente urgente. Consequentemente, emitiu uma ordem à atual ULS Entre Douro e Vouga para garantir que, no futuro, os seus centros de saúde cumpram os protocolos de emergência, contactando o 112 sempre que a situação clínica o justifique.