O plano prevê que o reforço das escalas comece pela Península de Setúbal, a região mais crítica.

Nesta zona, a solução passa pelo encerramento da urgência obstétrica do Hospital do Barreiro, com as suas equipas a serem deslocadas para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, que funcionará em permanência com o apoio do Hospital de Setúbal para casos referenciados. O modelo de mobilidade ou concentração de equipas poderá ser alargado a outras duplas de hospitais, como Loures e Vila Franca de Xira, Leiria e Caldas da Rainha, e Santarém e Abrantes.

No caso do Médio Tejo, os peritos consideram que a separação da Obstetrícia (Abrantes) da Pediatria (Torres Novas) "não faz sentido e não pode continuar".

Em contrapartida, o plano prevê manter abertas as urgências em hospitais do interior como Castelo Branco, Guarda e Portalegre, onde a solução passará por aumentar o número de obstetras.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, já se mostrou favorável à concentração de serviços e à mobilidade das equipas, mas o plano enfrenta a oposição de autarcas e utentes nas regiões afetadas.