O Hospital de Setúbal, por sua vez, receberia apenas casos referenciados através da linha SNS 24 ou do INEM. Esta reorganização implica, na prática, o encerramento da urgência obstétrica do Hospital do Barreiro, uma possibilidade que já motivou uma concentração de protesto de dezenas de utentes em frente à unidade de saúde.
Os autarcas da região também manifestaram publicamente a sua oposição à solução proposta pelo Executivo.
A Direção Executiva do SNS (DE-SNS) justifica a medida como uma forma de otimizar os escassos recursos humanos e garantir a segurança dos partos, concentrando equipas especializadas numa única unidade. No entanto, os críticos da medida alertam para o aumento das distâncias que as grávidas terão de percorrer, o que, num contexto de trabalho de parto, pode aumentar os riscos e a ansiedade, como evidenciado pelo crescente número de partos em ambulâncias. O debate reflete a tensão entre a necessidade de uma gestão centralizada e eficiente de recursos e a defesa dos cuidados de saúde de proximidade por parte das comunidades locais.













