O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Castro Verde esteve encerrado durante 24 horas, uma situação que evidencia a extrema fragilidade dos serviços de saúde no interior do país. A interrupção do serviço foi causada pela impossibilidade de completar a escala médica, um problema recorrente em regiões com poucos profissionais de saúde. A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) emitiu um comunicado a informar a população sobre o encerramento, que decorreu entre as 08h00 de sexta-feira, 3 de outubro, e as 08h00 do dia seguinte. A administração da ULSBA justificou a medida com a falta de médicos disponíveis para assegurar o normal funcionamento do serviço.
Durante este período, os utentes foram instruídos a não se dirigirem ao SUB de Castro Verde, devendo antes contactar a linha SNS 24 ou o número de emergência 112 para serem devidamente orientados.
A situação já se revelava precária no dia anterior ao encerramento, com a unidade a funcionar com apenas um médico na escala.
Este encerramento, embora pontual, reflete as dificuldades estruturais que afetam os cuidados de saúde em zonas de baixa densidade populacional, onde a ausência de um único profissional pode levar ao colapso de um serviço essencial. A dependência de um número muito reduzido de clínicos torna estas urgências particularmente vulneráveis a imprevistos, deixando as populações locais sem uma resposta de proximidade imediata em caso de necessidade.
Em resumoO encerramento do SUB de Castro Verde, ainda que temporário, é um sintoma da crónica falta de médicos no interior de Portugal, demonstrando como a sustentabilidade dos serviços de urgência de proximidade está constantemente em risco.