Segundo os dados divulgados, entre janeiro e agosto, registaram-se menos 481 dias de encerramento em todas as valências (adultos, pediatria e obstetrícia) em comparação com o período homólogo de 2024. A melhoria foi particularmente notória nos meses de verão, tradicionalmente mais críticos, com uma redução de 41% nos fechos, o que corresponde a menos 285 dias de paralisação. A DE-SNS destacou ainda o desempenho no fim de semana do feriado de 15 de agosto, em que foi possível assegurar a abertura de 100% das urgências gerais, 98% das pediátricas e 90% das obstétricas. No entanto, o organismo liderado por Álvaro Almeida reconhece que "subsistem problemas que resultam de uma grande escassez de recursos humanos, especialmente nas especialidades de ginecologia/obstetrícia e também de pediatria". Estes constrangimentos, admite a DE-SNS, têm um "impacto direto no funcionamento" da rede de urgência, cujo modelo tem "revelado fragilidades ao longo dos anos". Esta visão otimista dos dados nacionais contrasta com as crises locais reportadas em várias regiões, como os encerramentos na Península de Setúbal e os longos tempos de espera no Hospital Amadora-Sintra, indicando que a melhoria estatística global pode não refletir a experiência de todos os utentes.