A sobrecarga do serviço, que funciona como principal filtro para as urgências, foi reconhecida pela Ministra da Saúde, que prometeu reforços.

As projeções para o início de 2026 antecipam até 900 mil tentativas de chamadas mensais, das quais quase 300 mil poderão não ser atendidas num único mês.

Segundo os autores, estes números são uma “estimativa conservadora”, uma vez que 12 unidades locais de saúde ainda não aderiram ao programa “Ligue Antes, Salve Vidas”, que tornou a triagem telefónica obrigatória.

O estudo atribui o risco de rutura ao aumento de funcionalidades da linha, sem o correspondente investimento em meios humanos e tecnológicos, afirmando que esta “opera acima da sua capacidade, há mais de dois anos”. A demora no atendimento é um dos principais indicadores da falência parcial, com os tempos de espera a superarem a meta de 15 segundos.

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu os “constrangimentos” e afirmou ter solicitado aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e à Altice um reforço para o inverno em 27 ULS.

A ministra sublinhou a necessidade de “reforços humanos”, mas também de “colocar inteligência artificial no sistema” para agilizar o atendimento.

A Altice informou que só em outubro estão inscritos para formação 500 novos profissionais.