A decisão, justificada com a necessidade de “aprofundar” a avaliação sobre a localização da futura unidade, gerou críticas e apreensão na região, que aguarda há vários anos por uma solução para os seus problemas de saúde. Durante uma visita a Caldas da Rainha, Luís Montenegro assegurou que “a decisão será a que resultar do processo de avaliação aprofundado, fundamentado com todas as consequências” e que os critérios da escolha “serão de justiça e transparentes”.

No entanto, esta paragem no processo foi recebida com descontentamento por autarcas locais.

O Presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, criticou o sucessivo adiamento, considerando-o um ato de “demagogia”, embora tenha afirmado não estar “surpreendido”. Por sua vez, o Presidente da Câmara do Bombarral, Ricardo Fernandes, defendeu a localização no seu concelho, baseando-se num estudo que a aponta como a melhor opção, e rejeitou a hipótese de Caldas da Rainha. O adiamento da construção de uma infraestrutura hospitalar moderna e centralizada é visto como um retrocesso para uma região que lida com serviços de saúde fragmentados e envelhecidos, perpetuando a dependência de unidades com capacidade limitada para responder às necessidades da população.