“[De acordo com o] plano que nos foi apresentado é que este reforço vai acontecer este inverno”, afirmou, mencionando a necessidade de reforços humanos e da aplicação de inteligência artificial para agilizar o atendimento. A operadora Altice confirmou que o volume de chamadas está “muito acima das estimativas inicialmente previstas em contrato” e que, só em outubro, estão inscritos para formação 500 novos profissionais. No entanto, especialistas consideram que, sem medidas estruturais, a falta de resposta atempada pode gerar um efeito em cadeia, comprometendo todo o sistema de saúde.
Colapso da Linha SNS 24 Ameaça Agravamento da Crise nas Urgências no Inverno
A Linha SNS 24 enfrenta uma sobrecarga sem precedentes, com milhões de chamadas por atender, o que gera o risco de colapso do serviço durante o inverno. Esta falha no primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde empurra os utentes para as urgências hospitalares, agravando a pressão sobre estas unidades. Os números revelam a dimensão da crise: entre janeiro e setembro de 2025, perto de 1,5 milhões de chamadas ficaram sem resposta, um aumento drástico face às 140 mil do período homólogo de 2024. A situação é justificada pelo aumento de funcionalidades atribuídas à linha, como a triagem obrigatória para as urgências, sem o correspondente reforço de meios humanos e tecnológicos. Um estudo de investigadores nacionais e estrangeiros alerta que, se nada for feito, cerca de um milhão de chamadas poderão ficar por atender durante os meses de inverno, com projeções a apontar para quase 300 mil chamadas não atendidas por mês. A consequência direta é a perda de confiança no sistema, com tempos de espera a atingir os 40 minutos, o que leva os utentes a dirigirem-se diretamente às urgências, contrariando o objetivo da triagem. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu os constrangimentos e garantiu que o serviço será reforçado.



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