Até à nomeação de um sucessor, a médica manter-se-á em funções para assegurar a transição. A saída acontece num contexto de grande dificuldade para o Hospital Amadora-Sintra, que serve uma população de cerca de 600 mil pessoas. A falta de médicos e a elevada afluência de utentes têm gerado constrangimentos recorrentes, com as urgências a operar no limite da sua capacidade. A demissão da diretora clínica é vista como um sintoma da pressão e do desgaste que afetam os profissionais e gestores do SNS, especialmente em unidades de grande dimensão e com carências estruturais. A administração apelou à “colaboração e empenho de todos os profissionais” para manter a normalidade da atividade hospitalar durante este período de transição, mas a situação evidencia a instabilidade na gestão de um dos maiores hospitais do país.